Nesses últimos dois anos como aprendiz nessa profissão que fui escolhida, escolhida sim, porque simplesmente aconteceu e foi amor
ao primeiro conhecer, percebi e aprendi muita coisa sobre nós seres humanos.
A principal delas é como não nos olhamos e tornamos ignorantes sobre a gente mesmo. Não procuramos nos aprofundar em nada, em ninguém, e muito menos em nós mesmo.
Costumamos criar uma imagem distorcida do nosso físico, da nossa personalidade e assim transferimos essas impressões para as outras
pessoas também. Em uma das minhas leituras, lembro-me bem da autora afirmar que somos “analfabetos visuais” – entre aspas porque
a palavra analfabeto refere-se ao conhecimento da língua escrita, então ela se apropriou da palavra para dá significado a algo que
ainda não temos uma palavra para definir.
Pois bem, coloquei minha visão acima para que pudesse me explicar de forma um pouco mais palpável sobre o tema que tanto me encanta e tanto me transformou como ser humano e profissional, o Visagismo de Philip Hallawell.

A palavra Visagismo muitas vezes ainda não é conhecida ou até mesmo confundida com outras de sonoridade parecida. Termo utilizado restritamente por alguns profissionais da área da beleza e
estética, mas com um alcance de significados que vai muito além.
O Visagismo trata de um conceito que procura ler nossos traços, formas e cores que apresentamos em nosso rosto e como eles interferem, ou até mesmo são responsáveis, por nossa personalidade, comportamento e na mensagem imagética que passamos as outras pessoas, que por sua vez respondem a essa mensagem na maneira como nos relacionamos com ela.
Consegue perceber a importância de se conhecer? De se olhar! E principalmente se interpretar?
Será que estamos de forma inconsciente mostrando o contrario daquilo que queremos ou gastaríamos?
Detalhes, como o nosso sorriso, podem ser responsáveis pela nossa conquista ou nossa perda. É exatamente tornar consciente todas essas mensagens que trazemos em nosso rosto que se dá o trabalho do Visagismo.
Não trata-se apenas de ajustar a padrões estéticos sociais, como algumas vezes é utilizado por ai, mas trazer conhecimento ao ser, para que o mesmo possa se trabalhar e adequar sua imagem ao seu objetivo de vida, pessoal ou profissional.
Esse conhecimento de si, possibilita utilizarmos os recursos estéticos e de beleza ao nosso favor de forma concreta e eficiente, não apenas por modismos, imposição social ou outra coisa qualquer.
Com o Visagismo conseguimos sim, sugerir um corte de cabelo mais adequado, uma coloração mais harmônica, um designer de sobrancelha, uma armação de óculos, maquiagens, penteados e até
buscar os tratamentos estéticos, nas mais diversas áreas, de forma consciente e segura. O papel do Visagismo  não trabalhar a sua imagem para o que você deseja passar para os outros, mas
principalmente em concordância com a imagem que transmite quem você realmente é!